domingo, 11 de maio de 2008

" Férias em Floripa - um rally night and day ! "


Parte 4


ACONTECIMENTOS INESPERADOS
A manhã do tarô. Muito simpático, o garoto Nilson servia o lanche das 5h. Numa tarde daquelas descobrimos que ele lia tarô. Quem diria que numa pousada teríamos isto? Mais que depressa pedimos umas sessões. Ele disse que estava com a agenda já compromissada. Claro que não sossegamos até que ele remarcou as clientes residentes na cidade e nos deu a preferência. À noite combinamos que na manhã seguinte cada Margarida teria uma hora marcada a partir das 9h. A primeira foi a The, pois ligeiramente “bruxa”, poderia dar seu depoimento quanto aos dotes do rapaz. Ela ficou impressionada com a assertividade e percepção dele. Assim, todas tiveram seu momento de especulação de futuro, até mesmo a Vivi, que dizia que não queria "entrar nessa", foi uma das que mais gostou. Agora vamos esperar para ver se ele realmente acertou naquilo que nos disse...
Dr. Lisard. Imagine duas mulheres conversando enquanto caminham numa praia. Agora imagine se for Jurerê Internacional, reconhecidamente bonita pela natureza e pelas pessoas que ali freqüentam. Isa e The estavam em sua caminhada matinal e, conversa vai, conversa vem, falávamos da vida. Lá pelas tantas, surgiu aquele papo de “me joga na parede, me chama de lagartixa” quando percebemos que um sujeito que caminhava logo atrás estava rindo. Ficamos sem graça e apressamos o passo. O que será que passou pela cabeça dele? Será que ele pensou em se candidatar a jogar uma “lagartixa” na parede? Ele continuou a caminhar e, apesar de distante, nos observava, depois desapareceu. Voltamos para a pousada. Passado um tempo, estávamos no solarium quando percebemos que o tal sujeito chegara na recepção. Ficamos sem piscar torcendo para ele não nos ver ali. Imaginamos o que ele queria: saber se estávamos hospedadas ali ou se era apenas coincidência. Daí surgiu o apelido Lisard que significa lagartixa em inglês. Desde então, toda vez que aparecia uma figura nova na recepção da pousada surgia a pergunta que não calava: “é o Dr. Lisard?”. Ou seja, cuidado com o que você fala quando caminha na praia. Para os curiosos damos a notícia: ele não voltou... pelo menos enquanto estávamos lá. Depois, quem sabe? não existe ninguém que possa confirmar !
“Com dor”: joelhos, tornozelos, pulsos e pescoço. Aquela “disposição jovem” que todas tinham logo que chegaram a ilha da magia tinha prazo! No meio da semana, depois de caminhadas na praia, passeio de barco, danças na noite, o corpo dava seus sinais, tudo doía. Um dia fomos caminhar na praia de biquíni e tênis porque os tornozelos pareciam quebrados. Apenas 50% das Margaridas continuavam as caminhadas. A Ana com seus joelhos ralados, da queda do passeio de barco, não agüentava mexer porque a cicatrização repuxava e o esparadrapo incomodava. A solução era ficar na sala de TV da pousada lendo a parte econômica e financeira dos jornais locais (nem vou dizer que esta é a atividade profissional dela). Vivi estava com os pulsos e o pescoço doendo porque havia dirigido o carro que não tinha direção hidráulica. Dedicada a leitura, queria saber logo o que iria acontecer com o Drácula. Assim as “energéticas” The e Isa iam caminhar mesmo com o tempo nublado, e algumas vezes voltaram embaixo de chuva pedindo tornozelos sobressalentes.
“Emperiquitadas” em 40 minutos. Agora você já sabe que além de disposição de um lado e cansaço de outro, ainda tínhamos que conhecer a tal da Confraria das Artes. Havia se tornado uma obstinação. Então, depois de uma longa tarde no shopping, por causa da chuva que não parava, retornamos para a pousada quando já era noite; havíamos perdido o chá das 5h, talvez tenha sido a única vez que isto aconteceu. Já cansadas, mas persistentes descobrimos que tínhamos que chegar cedo para não pegar a tenebrosa fila que costumava ter naquele local. Então, em tempo recorde as Margaridas se prepararam para sair. E, acreditem, em menos de uma hora todas estavam belas e cheirosas. Foi à primeira vez na vida que nos arrumamos tão rápido. O que não se faz por um desafio, não é mesmo?

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